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O saldo das administrações públicas nos dois primeiros meses do ano foi negativo em 30,8 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 150 milhões de euros face ao período homólogo de 2013, revela o boletim de execução orçamental de Fevereiro divulgado nesta terça-feira.

Este resultado, que é o relevante para a aferição do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), decorre do facto de ter havido um aumento de 5,5% na receita do Estado - que mesmo assim desacelerou em Fevereiro face ao primeiro mês do ano - enquanto o crescimento da despesa ficou-se apenas pelos 3,6%.

Os 31 milhões de euros apurados deixam uma margem confortável para que o Ministério das Finanças feche o 1º trimestre do ano dentro dos parâmetros exigidos pela troika, que apontavam para os três primeiros meses de 2014 um limite de défice de 1,7 mil milhões de euros. Este foi o valor assumido para que, no conjunto do ano, o saldo negativo das contas públicas não ultrapasse os 4% do produto interno bruto (PIB).

De notar que, a receita fiscal subiu 7,2% até Fevereiro, 2,7 vezes mais do que o previsto pelo Governo no Orçamento do Estado para 2014. A melhoria da atividade económica e do emprego está a refletir-se na arrecadação de IVA e de IRS, segundo a Direção-Geral do Orçamento.

Como já trazíamos um saldo positivo do ano passado, estou convencido que a meta dos 4% este ano será confortavelmente atingida. Penso que até ficaremos por baixo. Quanto mais não fosse porque, as regras Europeias de calculo do défice foram alteradas. Com as novas regras, o nosso défice irá descer. Isso mais o desemprego a descer 5,3%. O que não sei é se foram criados empregos. A emigração continua a aumentar exponencialmente. Parece que voltamos aos anos 60. Embora nessa altura, as saídas de Portugal fossem também devidas à guerra. Emigrava-se para fugir a ela e não só à crise. O meu pai foi para essa guerra várias vezes. Eu acho que também emigraria ...

Enfim, agora estou curioso de ver os números (da execução orçamental) do primeiro trimestre deste ano. Pena que o INE se atrase tanto a mandá-los cá para fora. 

Quanto à divida externa, também boas noticias. Os juros continuam a descer (4.206% ontem às 08h40m) e aproximam-se dos 4%. Continuo convencido e esperançoso que, em Maio, estejam nos 3.5%. Vamos ver ...
15h00m = Tenho andado a ler as noticias mas, hoje, apenas o Diário Digital fala dos juros a 10 anos da divida portuguesa. Estavam nos 4,197%. Por este andar, espero que a barreira psicológica dos 4% seja vencida para a semana.