quarta-feira, 21 de maio de 2014

Os fundos de investimento de baixo risco foram os que captaram mais dinheiro nos quatro primeiros meses do ano.

Em Abril, e pelo quarto mês consecutivo, os portugueses voltaram a deixar-se seduzir pelo investimento em fundos. Segundo dados da associação portuguesa do sector - a APFIPP - no último mês as gestoras de fundos de investimento nacionais conseguiram captar, em termos líquidos, mais de 12 milhões de euros em subscrições, alargando para 778,5 milhões de euros as entradas líquidas registadas em 2014. O nível de subscrições angariado nos primeiros quatro meses do ano é assim o mais elevado em pelo menos uma década.
Estes dados saltam à vista num período marcado por alguma turbulência nos mercados. Volatilidade suscitada pela crise cambial espoletada nos mercados emergentes na segunda metade de Janeiro e que teve continuidade com o início da crise ucraniana em meados de Fevereiro. No último mês, juntou-se também a percepção dos investidores de que as acções, e em especial as tecnológicas, podem estar sobrevalorizadas.
Por essa razão não surpreende que os fundos de investimento mais conservadores continuem a ser os que mais dinheiro conseguem angariar. É o que acontece com os fundos de Tesouraria Euro. Esta categoria captou quase 249 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, correspondendo a 32% das subscrições líquidas totais verificadas nesse período. Bem próximo deste montante ficaram os fundos especiais de investimento (FEI) de curto prazo, com 242,6 milhões de euros em subscrições líquidas. Os fundos do mercado Euro monetário incluem-se também entre os preferidos dos investidores, com 128,4 milhões de euros angariados. Conjuntamente, estas três categorias contribuem para cerca de 80% das subscrições líquidas reunidas pela indústria portuguesa de fundos desde o arranque do ano.
O baixo risco de classes de fundos como do mercado monetário e de tesouraria torna-os também uma alternativa de investimento face aos depósitos que apresentam uma remuneração cada vez menos atractiva. Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos recuou em Março para 1,77%, o que equivale ao valor mais baixo em quase quatro anos.
De salientar também a aposta em fundos de obrigações, com as categorias de fundos de fundos predominantemente em obrigações e os de obrigações de taxa indexada Euro também a figurarem entre as mais procuradas. Reuniram, respectivamente, 156,9 milhões e 120,6 milhões de euros.
Já nas acções, os produtos mais vendidos foram os que apostam na bolsa portuguesa. Os fundos de acções nacionais captaram desde o início de 2014 mais de 44 milhões de euros, acima dos 7,8 milhões que tiveram como destino os fundos de acções europeias e que compara com 500 mil euros de resgates que atingiram os produtos que investem nas bolsas norte-americanas.

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Só que, estes fundos de baixo risco dão rendimentos apenas ligeiramente mais altos que os melhores depósitos a prazo. nem chegam aos 10%. Geralmente andam pelos 5%. Claro que os outros, têm muito mais potencial:-) , mas também mais risco:-(

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