Em Abril, e pelo quarto mês consecutivo, os portugueses
voltaram a deixar-se seduzir pelo investimento em fundos. Segundo dados
da associação portuguesa do sector - a APFIPP - no último mês as
gestoras de fundos de investimento nacionais conseguiram captar, em
termos líquidos, mais de 12 milhões de euros em subscrições, alargando
para 778,5 milhões de euros as entradas líquidas registadas em 2014. O
nível de subscrições angariado nos primeiros quatro meses do ano é assim
o mais elevado em pelo menos uma década.
Estes dados saltam à vista num período marcado por alguma
turbulência nos mercados. Volatilidade suscitada pela crise cambial
espoletada nos mercados emergentes na segunda metade de Janeiro e que
teve continuidade com o início da crise ucraniana em meados de
Fevereiro. No último mês, juntou-se também a percepção dos investidores
de que as acções, e em especial as tecnológicas, podem estar
sobrevalorizadas.
Por essa razão não surpreende que os fundos de investimento mais
conservadores continuem a ser os que mais dinheiro conseguem angariar. É
o que acontece com os fundos de Tesouraria Euro. Esta categoria captou
quase 249 milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano,
correspondendo a 32% das subscrições líquidas totais verificadas nesse
período. Bem próximo deste montante ficaram os fundos especiais de
investimento (FEI) de curto prazo, com 242,6 milhões de euros em
subscrições líquidas. Os fundos do mercado Euro monetário incluem-se
também entre os preferidos dos investidores, com 128,4 milhões de euros
angariados. Conjuntamente, estas três categorias contribuem para cerca
de 80% das subscrições líquidas reunidas pela indústria portuguesa de
fundos desde o arranque do ano.
O baixo risco de classes de fundos como do mercado monetário e de
tesouraria torna-os também uma alternativa de investimento face aos
depósitos que apresentam uma remuneração cada vez menos atractiva.
Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, a taxa de juro média dos
novos depósitos recuou em Março para 1,77%, o que equivale ao valor mais
baixo em quase quatro anos.
De salientar também a aposta em fundos de obrigações, com as
categorias de fundos de fundos predominantemente em obrigações e os de
obrigações de taxa indexada Euro também a figurarem entre as mais
procuradas. Reuniram, respectivamente, 156,9 milhões e 120,6 milhões de
euros.
Já nas acções, os produtos mais vendidos foram os que apostam na
bolsa portuguesa. Os fundos de acções nacionais captaram desde o início
de 2014 mais de 44 milhões de euros, acima dos 7,8 milhões que tiveram
como destino os fundos de acções europeias e que compara com 500 mil
euros de resgates que atingiram os produtos que investem nas bolsas
norte-americanas.
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Só que, estes fundos de baixo risco dão rendimentos apenas ligeiramente mais altos que os melhores depósitos a prazo. nem chegam aos 10%. Geralmente andam pelos 5%. Claro que os outros, têm muito mais potencial:-) , mas também mais risco:-(
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