Todos vamos passar por ela. Como quem vai já não volta, ninguém sabe o que se sente na hora da morte nem depois dela. Mas parece que a tendência é sermos invadidos por sentimentos positivos. E aqui entra o arrependimento, o amor pelas pessoas que amamos e a tranquilidade. Estas emoções felizes superam as emoções negativas na hora decisiva.
A conclusão vem da análise das últimas palavras ditas por 417 reclusos, condenados à morte, no momento da execução da pena, destaca o El Español. A investigação foi feita por Sarah Hirschmüller e Boris Egloff, da Universidade Johannes Gutenberg. Parte do material foi conseguido através da Prisão Estatal do Texas, o estado com o maior número de condenações à morte dos EUA e que tem por hábito registar e guardar as últimas palavras dos reclusos.
Os dados recolhidos são mais um passo no entendimento do significado da morte. “Quando estão no corredor da morte, os presos agradecem à família e aos amigos, pedem desculpas pelos erros que cometeram, fazem as pazes consigo próprios e tentam dar um sentido à sua vida e à morte”, explica a investigadora ao jornal. Sarah Hirschmüller diz que o uso de “palavras positivas” reflecte o facto de aquela pessoa estar perante uma “situação aterradora”. Como se o optimismo vencesse a mortalidade, esclarece ainda a porta-voz do estudo, que sugere ainda que os nossos pensamentos optimistas diários são também uma forma de contrariar constantemente a morte.
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