Há uns tempos, em conversa com o António, disse-lhe que faltaria muito pouco para vermos equipas portuguesas de futebol serem adquiridas por investidores Árabes, Russos, Chineses ou lá o que fossem. Estrangeiros ... Alguns, eventualmente com boas intenções, outros apenas para lavar dinheiro ...
A noticia em baixo que tirei do DN Desporto de hoje ... confirma a minha visão :-)
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Vários investidores estrangeiros, de China, Irão, Brasil e Itália, estão
a entrar no futebol português e a "apoderarem-se" de clubes de menor
nomeada. Joaquim Evangelista alerta para os perigos.
O presidente do Sindicato dos
Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) disse nesta terça-feira estar a
par do incumprimento no Atlético, da II Liga, e salientou que a falta
de liquidez não pode servir de desculpa à entrada de investidores.
"Os clubes que permitem a entrada destes investidores têm de ter
maior cuidado, no sentido de saber quem são estas pessoas, qual a
idoneidade, as responsabilidades financeiras, o seu currículo. A falta
de liquidez no futebol português não pode servir de desculpa para tudo",
referiu Joaquim Evangelista, em declarações à agência Lusa.
O responsável do SJPF lembrou que à semelhança do que
acontece no Atlético, com um investidor chinês, o mesmo aconteceu no
Beira-Mar, com um investidor iraniano, no CD Fátima, com um brasileiro, e
no Olhanense, com um italiano, entre outros.
"Estes fenómenos começam a ser recorrentes no futebol português", salientou Evangelista.
Em relação à situação concreta do Atlético, da II
Liga, que ainda não terá liquidado salários desde o início da temporada,
o presidente do SJPF reconheceu que a situação tem causado "uma grande
instabilidade, uma insegurança e, sobretudo, constrangimentos", que
foram denunciados.
"Temos procurado dar aos jogadores as condições
necessárias para fazerem a vida normal e junto do clube procurar
perceber porque é que o pagamento atempado da remuneração não está a ser
feito", acrescentou.
Os jogadores do Atlético, segundo Evangelista, ainda
não recorreram ao fundo de garantia salarial, na medida em que "há uma
expetativa do grupo no sentido de se perceber o que vai acontecer" e
quando se está ainda no início da época.
"O clube é liderado por um grupo de chineses, que de
facto têm uma cultura diferente e que do ponto de vista do
relacionamento não é normal, temos procurado fazer um esforço para
perceber o que se passa e encontrar uma solução consensual porque
estamos no início do campeonato", reconheceu.
Evangelista referiu também que "é inaceitável" para o
futebol português, que o Atlético seja notícia não só pelo
incumprimento salarial, mas também pelo seu nome estar associado a
manipulação de resultados, o que foi desmentido pelo acionista
maioritário Bruce Ji.
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